sexta-feira, 7 de março de 2014

Sem o país das maravilhas...


             Imagino o país das maravilhas como um mundo fora do alcance, algo por trás de um espelho, onde o horário do coelho está ao contrário por isso que ele está sempre atrasado, onde o sorriso do gato  iguala-se a uma noite de lua minguante, que o brilho se destaca, mas quando menos se espera desaparece por magia ou pelas nuvens, no mesmo instante em que o brilho volte a Lagarta que tanto esperava sua transformação, percebe que uma borboleta sempre será uma lagarta, mesmo usando um traje de gala.
            Neste mundo de fantasia, onde Lebre de Março deveria largar o café e beber algo para se tranquilizar, onde a Rainha branca não é tão pura e gentil, e que a paz que lhe transborda é pela falta de amor próprio e dos sorrisos guardados.
            Quando o Chapeleiro maluco tem sonhos reais e uma realidade com fantasias, sabendo que a Rainha de Copas prefere as rosas brancas à rosas vermelhas, pois a falta do amor lhe tirou também sua paz, que deverá recuperar, antes mesmo que possa amar alguém.
           Onde a própria Alice com sua mente perturbada acorda de seu sonho impossível e olha através do mundo atrás do seu espelho e sorri para sua realidade.

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