Enfim dezoito

             Sempre sua, Sophia.

Acordar em um mundo sem ele não é opção aceitavel para mim, um mundo sem o timbre da voz que sempre quis escutar enquanto acordava, sem as piadas sem graça mas por ser dele pareciam bobas, quando ele tocava a guitarra e se sentia em paz, poucas vezes vi ele em paz, mas adorava cada momento que via e sentia que a tristeza saia de seu corpo.

Todos os dia ele liga, e todos os dias eu espero do lado do telefone, nunca iria perder essa ligação, jamais deixaria ele pensar que esqueceria dele algum momento do dia, dou vários sorrisos bobos, e lagrimas de saudade, como eu queria ele aqui.

Toda noite fica fria sem ele, toda manha o céu não tem mais cor, o dia é somente um cinza esquecido e escuro, as vezes esse cinza me lembra sua alma quando ele estava triste, como estou agora, sou somente eu e a sua guitarra, ele deixou ela do lado da cama, disse que faria lembrar dele, talvez eu aprenda a tocar só para surpreender ele com nossa musica quando ele chegar, e ele vai, em uma semana.

Quando ele liga não conto que seu amigo está me ensinando nossa musica, fico me olhando no espelho com todas as roupas que ele elogiava, não sei qual delas ele vai gostar mais, como eu sinto sua falta, se ele estivesse aqui estaria me apressando, falando que estamos atrasados, mas sempre dava aquela risadinha no final, como sinto falta de ver seu sorriso refletido no espelho.

Estou sorrindo quando visto aquele vestido preto simples, usei ele na primeira vez que ele me viu, foi a tanto tempo, e eu lembro até hoje, ele tinha seus cachos caindo no seu rosto sempre que ria de algo bobo que eu falava, sinto falta dele, por favor que ele chegue logo.

…

É hoje, terei ele de volta para mim, estou vestindo aquele vestido que ele adora, deixo meu cabelo solto por que ele gosta, a guitarra está comigo, tocarei a nossa musica, e ele ira saber, que sempre serei...

A sua Sophia.